sábado, 10 de novembro de 2012

SUPLICA




Senhor!
Dá-me a esperança. 
Tenho medo de acabar 
na tristeza.

Senhor!
Dá-me uma razão
para vencer
os meus receios.
Não vês que acabo
dia apôs dia.
Senhor!
Não quero a duvida!
Concede-me a força
para que eu possa
dominar os meus anseios.
Senhor!
Peço-te Simplesmente
quando eu estiver triste
não te afastes de mim
Fortifica-me o olhar
para que veja
e sinta o gosto
de minha alma.
Senhor!
Ajuda-me.
Torna os meus dias
mais risonhos
para que eu possa
disfarçar diminuindo
as minhas noites tristonhas.
Senhor!
Ajuda-me.
Não me mates
dentro de ti...
Enche-me o coração
na Tua sapiência Divina
Senhor!
Ajuda-me.
Leva de mim esta tristeza
e não a dês a ninguém.
Senhor!
Ajuda-me.
Suplico-te! 

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

O Naufrago



Vagueio 
pela imensidão do mar 
entre visões fascinantes 
de ondas, entorpecidas

navego, nos escarpados 
de meus pensamentos.
Não sei como chegar 
ao cais seguro 
do teu coração. 
A ilusão de meus desejos 
trai-me!... 
A visão de trevas 
persiste e elude-me 
na incerteza 
deste mar que trilho. 
O Luar, foi-se...
A angustia em mim
permanece.
Queria esquecer -te
mas não consigo.
A tua silhueta no horizonte
provoca-me,
turva-me o olhar. 
Com receio de naufragar.
mantenho, as velas enfunadas 
que na viagem do vento 
me reboque. 
Sinto que perco forças 
para chegar, aquela praia 
onde um dia 
fizemos juras de amor. 
Chama-me! 
Salva-me! 
Alaga-te!
Neste meu mar árduo. 
Sim! 
Eu, te ouvirei e direi 
entre lágrimas e sorrisos
<Estou aqui>

sábado, 3 de novembro de 2012

OUTRO LUAR


Pela manhã,
sinto,
o mar
é diferente,
enquanto escuto

absorto
pelo silêncio das marés
que galgam ondas,
num emaranhado de cadeias.
Corro sobre as manhãs,
tépidas,
nevoentas,
entre risos,
lágrimas
e saudades
num tamborilar temperado
pelo eco
de momentos inesquecíveis.
À tarde,
a chuva de setas febris
agita-me.
Relembra-me,num suspiro,
o sorriso dos trovões
que a derrama
e salpica-me
das ausências e dos sonhos
de um amor perdido.
Entre o bramido do mar,
o canto da chuva,
noutro tom,
entra o vento.
Traz pensamentos singulares.
Reparo uma,
tantas vezes,
nos desenhos
que me deixam.
Arrasto-me,
caminho,
sem parar.
À noite,
sobre o manto da vida,
encontro-me com as dúvidas.
Triste
sozinho,
silencioso,´
envolto em palavras inaudíveis,
olho distante,fugidio.
Sorrio
e ilumino-me.
Afago a carícia do luar.
O luar que em seu voo doce e lento,
me acolhe
e apaga as minhas dores.
Devorado pelo cansaço,
adormeço.
Sonho com a chuva caindo,
calmamente,
pingo,
pingo,
pingo.
Nos braços do vento,
viajo por outros mundos.
O céu é colorido.
Sonho feliz.
As estrelas ciciam-me
poemas de amor.
Mergulho
no meu profundo mar.

Viver





Sinto o cheiro 
a flores e a mar
vejo a claridade do dia
sinto o toque suave do sol 

banho-me em chuva fina
alimento-me do vento
respiro ar puro
e com palavras
beijo a vida
em profundo silencio
ingiro um sorriso
sem deixar cair uma gota
traduzo-o em poesia
escrevendo com emoção
afago, traços e rabiscos
e com o coração
beijo as palavras
não peço nada
não exijo explicação
quero apenas justificar
a minha presença
quero viver antes
de morrer 

sexta-feira, 19 de outubro de 2012



Nem a tristeza, nem a incerteza, nem a dor de estar só, me impedirá de sorrir... Nada me fará Naufragar...


Existem índices na vida, mesmo que não queiramos lembrar, tornam -se difíceis de se esquecer. São capítulos do livro da vida que atingem o ponto limite e se encerram, não existindo borracha que os possa apagar.


Eu mergulho na multidão para afogar o grito do meu próprio silêncio.